ESCOLA
DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
CURSO
DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR
OFICINAS
TECNOLÓGICAS
UNIDADE
2 – PARTE I – ATIVIDADE 3
FICHAMENTO
ALMEIDA, Maria Elizabeth
Bianconcini de. Gestão de Tecnologias na
Escola. Disponível em : http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto22.pdf
DESCRIÇÃO
A autora faz
um breve histórico da introdução das tecnologias da informação e comunicação na
educação.
Primeiramente,
o uso das tecnologias estava limitado ao campo das atividades administrativas,
só depois ocorrendo a utilização das mesmas a projetos até então paralelos à
sala de aula, como os laboratórios de informática.
O texto
trata também da importância das tecnologias no processo de redimensionamento do
espaço de ensino e aprendizagem e, consequentemente, do papel do educador, que
necessita, cada vez mais da formação continuada e em serviço, e ainda, da
preparação dos gestores, para que, juntos, possam criar uma nova cultura na
escola.
Por fim, a
autora descreve alguns projetos realizados em parceria com o Ministério da
Educação, Secretaria de Educação a Distância e instituições de ensino superior
para a formação de professores e gestores.
CITAÇÕES
As
tecnologias de informação e comunicação foram inicialmente introduzidas na
educação para informatizar as atividades administrativas, visando agilizar o
controle e a gestão técnica, principalmente no que se refere à oferta e à
demanda de vagas e à vida escolar do aluno.
Posteriormente,
as TIC começaram a adentrar no ensino e na aprendizagem sem uma real integração
às atividades de sala de aula, mas como atividades adicionais.” (p.1)
Tais
atividades levaram à compreensão de que o uso das tecnologias de informação e
comunicação (...) rompem com os muros da escola, (...) Criam-se possibilidades
de redimensionar o espaço escolar, tornando-o aberto e flexível, propiciando a
gestão participativa, o ensino e a aprendizagem em um processo colaborativo, (...)
(p. 1,2)
“O fator primordial para a criação de comunidades e culturas
colaborativas de aprendizagem, (...) é a qualidade da interação, (...) , cuja
criação poderá viabilizar-se a partir da formação continuada e em serviço do
educador.” (p.2)
A incorporação
das TIC na escola vem se concretizando com maior frequência nas situações em
que diretores e comunidade escolar se envolvem nas atividades como (...), uma
vez que o sucesso desta incorporação está diretamente relacionado com a
mobilização de todo o pessoal escolar, cujo apoio e compromisso para com as
mudanças envolvidas nesse processo não se limitam ao âmbito estritamente
pedagógico da sala de aula. (...) Daí a importância da formação de todos os
profissionais que atuam na escola, (...) (p.4)
“(...) o papel do gestor não é apenas o de prover condições
para o uso efetivo das TIC em sala de aula, e sim que a gestão das TIC na
escola implica gestão pedagógica e administrativa do sistema tecnológico e
informacional.” (p.5)
Cria-se,
assim, um ambiente de formação para que o diretor escolar possa analisar e
reconstruir o seu papel frente às responsabilidades que lhe cabem como
liderança da instituição e como gestor do projeto político-pedagógico da
escola, bem como pela criação de uma nova cultura da escola, que incorpore as
TIC às suas práticas. (p.5)
Anuncia-se
um novo tempo, cabendo a cada educador, seja gestor ou professor, participar de
processos de formação continuada e em serviços que criam a oportunidade de
formação de redes colaborativas de aprendizagem apoiadas em ambientes virtuais
para encontrar, no coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e
promissor de acordo com a identidade da escola e com o contexto em que se
encontra inserida. (p. 9,10)
RESUMO
A introdução
das tecnologias na escola, inicialmente, se deu com o objetivo de informatizar
e agilizar as demandas administrativas da gestão escolar.
Porém, o uso
das tecnologias de informação e comunicação começou a ser considerado um aliado
na inovação do trabalho escolar, também no âmbito pedagógico, tanto no que diz
respeito ao acesso, mais rápido e mais eficiente, às informações, como na
gestão mais participativa e na ampliação dos espaços de aprendizagem.
Entretanto,
as tecnologias, sozinhas, não representam essa inovação, uma vez que a criação
de comunidades de aprendizagem e cultura colaborativas depende, em grande
parte, da capacidade dos envolvidos de analisar e estabelecer os objetivos da
prática pedagógica, observando-se a proposta político-pedagógica da instituição,
e ainda, da capacidade de análise e solução de problemas. Habilidade que poderá
ser alcançada com a oferta de formação continuada e em serviço.
As TIC
desempenham diversas funções na escola, do simples armazenamento de dados e
informações ao desenvolvimento de projetos pedagógicos e de gestão, e é por
isso, que os processos de formação devem englobar não somente a dimensão
pedagógica, mas também a dimensão técnica e administrativa do uso dessas
tecnologias e sua oferta não deve se limitar aos educadores, mas também a todos
os profissionais da instituição.
Tais
processos de formação podem contar com os ambientes virtuais de aprendizagem,
onde os participantes podem interagir, trocar experiências, analisar problemas
e considerar soluções com o apoio de todos que integram o processo de ensino e
aprendizagem, instituindo assim a identidade de cada comunidade escolar.
COMENTÁRIO
Para que a integração
das TIC na escola seja uma experiência de sucesso, alguns aspectos devem ser destacados.
Em primeiro
lugar, a necessidade de uma formação que não esteja limitada aos aspectos
pedagógicos da escola, mas também que explore as dimensões
técnico-administrativas do uso das tecnologias, possibilitando assim, maior
envolvimento de todos os profissionais da instituição e não só de professores e
gestores.
O papel de
liderança do gestor é outro fator preponderante no sucesso da integração das
tecnologias na escola. Ele é o responsável por fomentar a participação de toda
a comunidade escolar, e para isso precisa ter o domínio das técnicas e ser
consciente dos benefícios que as TIC podem trazer ao ambiente escolar. É de sua
responsabilidade ainda, desenvolver, em conjunto com todos os envolvidos, um
projeto político-pedagógico que empregue as tecnologias de forma global na instituição,
propiciando assim, a criação de uma nova cultura colaborativa.
Por último,
a criação de ambientes virtuais de aprendizagem, que proporcionem o
compartilhamento de valores, práticas e experiências, a identificação de
problemas e suas possíveis soluções, e ainda, que representem espaços de
aprendizagem e construção coletiva.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabeth
Bianconcini de. Gestão de Tecnologias na
Escola. Disponível em : http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto22.pdf
ALMEIDA, Maria Elizabeth
Bianconcini de; RUBIM, Lígia Cristina Bada.
O papel do gestor escolar na incorporação das TIC na escola: experiências em
construção e redes colaborativas de aprendizagem.
Disponível em: